O Mundo, por Dr. Hemógenes J. Nicodemos

Friday, April 20, 2007

Abaixo a meia-entrada para estudantes - parte 2

A Folha de São Paulo de ontem trouxe uma matéria com o seguinte título: "Rede Cinemark quer limitar a venda de meia-entrada no país". Pelo jeito, minha luta solitária não é mais tão solitária. Palmas para a Cinemark!

Segundo os exibidores, diz a matéria, 70% dos ingressos de cinema são vendidos pela metade do preço cheio. Ninguém precisa ser matemático para concluir que a situação é absurda e insustentável.

Os empresários estão tentando minimizar o prejuízo aumentando a fiscalização, para impedir que os "espertos" com carteira de estudante falsa comprem ingressos pela metade do preço. Mas, na minha opinião, o melhor a fazer seria simplesmente lutar para acabar com esse privilégio tolo. Preço justo e igual para todos, este é o caminho correto.

O executivo diz exatamente o que eu escrevi no meu post anterior sobre este tema: a impossibilidade de prever o número de estudantes faz os empresários jogarem o preço da entrada inteira para cima. Não existe almoço grátis.

A grande verdade é que o Legislativo brasileiro adora criar leis para interferir no mercado. Ruim para todo mundo. Pior ainda para os honestos. É duro viver no país da malandragem...

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Desconto de 50% é um absurdo financeiro em qualquer negócio. Quero comprar um apartamento e um carro pela metade do preço também. Uma visão economicamente infantil e uma ingenuidade maniqueista também: os estudantes teimam em acreditar que os empresários são vilões gananciosos... Mas o pior absurdo é os políticos sancionarem uma lei dessas e, ao invés de assumir a responsabilidade oferecendo subsídios à meia-entrada, jogarem tudo nas costas do empresário. Será que não consultam especialistas antes? Bom, para o governo deve fazer muito sentido, porque eles confiscam metade dos nossos salários pagos pelas empresas. Ou seja, os estudantes não perdem por esperar a vez deles serem explorados por leis estupidamente deformadas...Vão precisar trabalhar o dobro...Mas não tem problema: vamos propor um decreto-lei para que um dia terrestre dure 48 horas. Ninguém nunca pensou nisso?! a lógica é a mesma, afinal.

6:24 PM  

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